Quando leio as manchetes no jornal, nunca me deparo com notícias do tipo "João se apaixonou por Maria" ou "Fulano pediu Ciclana em casamento". Existem cadernos de esporte, economia, lazer. Cadê o do amor, do desejo? Tratam como se isso não fosse importante. Eu viveria muito bem sem saber qual o filme estréia na sexta-feira ou quantos gols o artilheiro marcou no final de semana. No entanto, eu não viveria sem me apaixonar. Não precisam ser por pessoas. Podem ser situações ou objetos, lugares inesquecíveis ou até cenas memoráveis. O amor deveria ser prioridade, não opção. Ninguém julga se o relato da mãe que perdeu o filho em um tiroteio pode valer como experiência maior ou equivalente ao de um poeta apaixonado.
Lição do dia: as pessoas são o que elas lêem.
PS: Poeta apaixonado? Pleonasmo, né.
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