quarta-feira, 31 de março de 2010

Vaidade

No começo dessa semana eu pensei muito sobre o valor que as pessoas dão à vida e às pessoas ao redor. Talvez de uma maneira excêntrica, mas profunda. Talvez não deveria ter ido por aquele caminho pra tentar entender essas coisas. Quando digo dar valor à vida, não digo de um jeito depressivo, na hora da dor ou do desespero, mas sim na hora de dividir uma alegria ou uma notícia boa, um conselho, uma história engraçada...

A verdade é que às vezes um simples e verdadeiro sorriso tem o dom de fazer o meu dia especial. E, por mais que muitas pessoas pensem o contrário, eu sou uma pessoa de pensamentos simples, de valores simples e de sentimentos muito mais simples ainda.

Sou uma pessoa de sorte por ter pessoas tão especiais ao meu lado (fisica e mentalmente) e por me orgulhar da pessoa que me tornei, porque eu luto pelo que quero, quando quero e não me deixo me levar pelas situações.

E esse é o começo de uma nova era, podem ter certeza.

O fato

"Não quero voar com você, simplesmente porque prefiro manter meus pés no chão..."

Simples assim.

domingo, 14 de março de 2010

Hm...

Comprei uma coletânea de poemas do Charles Bukowski. O cara é foda, sério mesmo. Gosto do estilo dele, cheio de ironia e de realismo (que muitos diriam ser pessimismo, mas eu discordo). É como eu me sinto na maioria das vezes...

Também coloquei o meu favorito do Pablo Neruda (que faz parte do meu livro favorito dele - "El río invisible"). Tenho a leve impressão que já devo ter postado aqui, mas que diferença faz?

Tenham uma boa semana.

Me gusta cuando callas

Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma,
emerges de las cosas llena del alma mía.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza.
Déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.


Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.

(Pablo Neruda)

Walk

I take a walk
It seems lately I've been doing a lot of walking
And I'm alone
With only my thoughts to keep me company,
Walking down the road to another endless day
Of flipping eggs and beer battering perch
Or walking home to an empty apartment
Where I'll flip through the channels
And watch reruns of TV shows I've seen 312 times before
Down the road twice a day
Cars pass me by
Faces stare at me
Wondering why I'm walking
"Where's your car" the eyes ask
As they stare for the two seconds it takes to pass
And their thoughts turn back to work or kids or groceries
What they don't take the time to think is,
Maybe, I like my walk.

(Charles Bukowski)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Não sei como isso funciona, mas...

Um pouco mais pessoal agora, de nooovo...

Ando ouvindo músicas aleatórias em... português? Acho que tô com saudade de falar a minha
língua nativa. Inglês é muito sistemático pra mim, apesar de eu gostar. Vai entender!

Que o Vinícius de Moraes é o meu segundo poeta favorito não é novidade pra ninguém (e nem que o Quintana é o rei também). Tava ouvindo essa música e acho ela uma graça:

Vinícius de Moraes e Tom Jobim - Chega de Saudade

Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai

Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim

E quando eu tava quase postando isso eu lembrei de outra cantora brasileira que eu gosto bastante: Roberta Sá!

E aí, depois de pesquisar no Youtube vídeos dela pra postar aqui eu achei esse: http://www.youtube.com/watch?v=BW0qevghOq4

Ela fez cover da minha música favorita dos Los Hermanos!

Pronto, parei por aqui. Boa noite.

A mais pura

Só escrevemos quando estamos tristes. Quando estamos felizes, abrimos nossos corações, distribuímos sorrisos e frases de conforto sem parar. E aí quando as peças do quebra-cabeça não parecem mais se encaixar, voltamos ali pro nosso cantinho, pros nossos rabiscos. Colocamos nossa vida em risco, fazemos as nossas escolhas e, quando nos arrependemos de tudo e paramos para pensar, percebemos que a terceira pessoa na verdade é uma só.